Fragmentos dispersos...
queria, eu, me esfacelar
montes de pedaços de mim
assim, decerto, desvendados
e então sincero
me perderia na pouca atenção dos dias
e então chegasse, eu, ao estado de grão
pólen
do vento tomaria parte
imperceptível, invisível
na pouca atenção dos dias
e então voar a tantos cantos
e enevoado pousar em cortinas manchadas de luz
então vivo, pólen, fértil
decerto que irias me sentir...
completo, um universo feito em poeira
velhas... como os postes... as sementes do mal... os comedores de folhas......... como as crianças da lavadeira abandonada os porcos voam...
sábado, 21 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
Banalidades sobre o ar
Tem certa coisa curiosa no ar
certo brilho
certo gosto
perfume
inspira e queima
aquece, avermelha
enjilha como papel na chama
então solta, fuligem
e se escuta:
“é tua vida que vai, amigo”...
então no centro
sinto a fuligem densa e ela me torna pesado
e a mim com uma sinceridade inesperada digo:
“não faço questão de tantas vidas assim”...
cretino...
certo brilho
certo gosto
perfume
inspira e queima
aquece, avermelha
enjilha como papel na chama
então solta, fuligem
e se escuta:
“é tua vida que vai, amigo”...
então no centro
sinto a fuligem densa e ela me torna pesado
e a mim com uma sinceridade inesperada digo:
“não faço questão de tantas vidas assim”...
cretino...
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