quinta-feira, 17 de setembro de 2009

evaporo... evaporo... e os metais que consumi, os sais o chão... todo ele pesa e me prende... passo aos poucos pelas frestas solidas e evaporo... mas a chama, não sei dela seu tempo... e quanto sal, quanto ferro vermelho e preto... borbulho.... sinto vontade de me macular frestas e evaporar...
e que vai ser? que vai ser mais que vai fazer como um imbecil a se esvair de tudo e tudo o que importa? a onde vai o teu ridículo? se esvai, se esvai... e pensa que o é preciso... que não se aguenta mais... não és, criança podre... não és o que podia e o que costumava ser... se te limita a tua sextilha de sono calmo e justo e bestificado... e acha que amanhã por acaso fica mais fácil... e acha que é recuperável... ingênuo que é! imbecil! e vai ler teu porre (e quando, quando vai? se vai...) e vai ficar parado... no máximo te mortificar um pouco... com o retardo de um monge que não entende que o flagelo não torna ele mais perto de deus que do seu estômago...
hoje meu monitor amanheceu pra mim... que outras tonalidades posso esperar? (uma manhã de luz agradável... é isso... pode ser que eu tenha voltado a mim... desculpe a demora, si? e não fique triste se não tiver voltado completamente... amanhecer de noite...)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

hoje te quero mais que nunca... mais que sempre... hoje... que fique marcado... esse hoje passado e futuro e prensente... presente esfacelado em mil locais... esfacelado num ser... um ser teu... eu feito em poeira... com teu toque doce e leve... grudo como polén na tua pele... hoje mais que nunca.... mais que sempre... hoje... presente...

Icaro II

vislumbrei em um momento meu fim...

tal qual lampejo de sol olhei e perpassei a luz, e ali o sol, disco luminoso cercado de sombra... e lá eu, febril, transbordo no alto do céu irradiando fogo e chama, meu presente, o mais puro, (me escuta cassandra?), despejado no trinco da porta na escada no desprezo por todos os mortos na carruagem no incenso, (não... incenso de poeira molhada, chá, bebo e me banho suspenso)...

lá, eu febril, levantei, no alto do céu, a luz em tempestade em sopros navalha, perpasso, o sol como a lua cheia, luminoso cercado de sombra, eu, no alto do céu, transbordando chama enternecida derreti e chovi, meu presente, o mais puro, despejado doce no chão, no alto do céu, (e todo o amor, todo o amor que eu te tive), de olhos fechados, mergulhando em mim ao meu principio, (à o ser suspenso e só)

enternecido, com as gotas pesadas e quentes de chuva, (que me beijavam a boca e os olhos e o corpo todo, que tu me beijava), fui tomado por uma doçura triste, me fiz azul, todo azul, azul triste e longe e terno e doce, com toda a liberdade que me invadiu e explodiu em mim, e me explodiu em mim, ascendi, livre espontâneo sincero e presente, absolutamente presente, ascendi, ascendi em queda livre, ascendi ao chão...

...

minha memória que ecoa, meu presente que ecoa, eu ecôo... em liberdade espontânea sincera presente... ecôo, escuta meu som e ecoa, ressonemos, sono, sonho, memória...