segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Navegar...

porque o mundo é realmente pequeno... porque os campos não se apreendem em fotos... porque as nuvens tem realmente forma... porque o deserto é lindo... e todas as cidades são iguais... porque o homem é visivel... e o dinheiro é visivel... e o saber é visivel... e suas relações emergem palpaveis sobre toda a natureza... por tudo isso me lembro dostoi e suas estepes... vivo algo maior que eu... em um clichê não-mediocre... e as saudades, as saudades são da vida e daquilo e daqueles que são viver... saudades são desse algo maior... e aceitar ser "maior", aceitar ser um deus, aceitar viver ou qualquer coisa que se diga não é desses burgueses metidos, desses nobres arianos ou todos esses imbecis que se engendram em labirintos burocráticos que não se dizem nada... ser maior é não ser apenas si, é ser a vida, toda a vida, todo o vivo, todo o infinito da comoção nas estepes, do lorca, do ramil, do cordel, não como detentor dela, não como aquele que a estraçalha e aprisiona e manipula, mas como um pequeno que a absorve e transborda epileptico... expandir é transbordar...
esse tempo comecei a entender o pessoa... que se lê por aí, tão mítico e banal, que acaba por não significar nada ou aberrações...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

pregos brotam como flores... brotaram, algum dia, não hoje... meu estar de passagem... meu unico estar... cheguei a noite, vou pela manhã... algum dia, não hoje... meu unico, não há voltar ou ir... apenas cheguei a noite, saio pela manhã... hoje, algum dia, vão saber que alguem veio... não há nada além, não há solo ou lugar... a realidade é infima... flores brotarão como pregos... brotam, algum dia...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

devaneio de tempo

não digo...
faria apenas por me divertir, por viver alegrias...
e me mataria do mesmo jeito depois...
e me consumiria igualmente...
faço parte dessa tristeza doce de morte de amor nas estepes infinitas...
e deliro casos bobos de sofrimento...
e me perco em delirios e devaneios, rodopio, valso...
como é prazeroso correr pelos telhados como o chat noir...
abro minhas gavetas, numa delas por vir...
e mexo uma ou duas coisas soltas...
me encho de poeira e fico cinza...
engraçado esse vir, e todo futuro, não é como fosse, sim tivesse sido, só espera de acontecer...