a cidade em chamas, o fogo dança são fogueiras de junho, vinho, chuva, ruas de pedra, o porto...
bêbado, confusão e fumaça
a música perpassa o sentido
os objetos, seu peso, rodopiam
a eles sou sensível
e a mim mesmo, como estrangeiro andarilho, no espelho olho, indago, sinto, como sentir o vento sendo etéreo...
a cidade em chamas
fogo sussurra melodias
chuva escorre pelas pedras
a música perpassa o sentido
fumaça, cigarro e café
os objetos, seu peso, estáticos
a eles sou sensível
em mim mesmo os cristalizo
e então cinza e então sem calor ou frio
me vejo partir, meu corpo de chumbo
e a mim memso, como fantasma, no espelho olho, em fogo morto, brasa fria...
e se olho o fogo, sem face e se olho o chumbo, sem vida...
...
velhas... como os postes... as sementes do mal... os comedores de folhas......... como as crianças da lavadeira abandonada os porcos voam...
sábado, 23 de maio de 2009
Estalactites
tempo escorre
meses de chuva, lodo
fica impregnado na parede
ignorado, ele e tudo mais
a realidade em transe
irrealidade banal
escorre o lodo em desenhos de acaso
um mundo, um mendigo, um deus
flores, faunos...
amplamente, coletivamente ignorados
o tempo escorre pelos bueiros
a chuva em pasta viva
se perde na objetividade do concreto
máquinas... o ocupam rotineiramente
eu, nem máquina, nem lodo, nem nada...
que as luzes do metrô me ofusquem a vista...
meses de chuva, lodo
fica impregnado na parede
ignorado, ele e tudo mais
a realidade em transe
irrealidade banal
escorre o lodo em desenhos de acaso
um mundo, um mendigo, um deus
flores, faunos...
amplamente, coletivamente ignorados
o tempo escorre pelos bueiros
a chuva em pasta viva
se perde na objetividade do concreto
máquinas... o ocupam rotineiramente
eu, nem máquina, nem lodo, nem nada...
que as luzes do metrô me ofusquem a vista...
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