sábado, 23 de maio de 2009

Estalactites

tempo escorre
meses de chuva, lodo
fica impregnado na parede
ignorado, ele e tudo mais
a realidade em transe
irrealidade banal
escorre o lodo em desenhos de acaso
um mundo, um mendigo, um deus
flores, faunos...
amplamente, coletivamente ignorados
o tempo escorre pelos bueiros
a chuva em pasta viva
se perde na objetividade do concreto
máquinas... o ocupam rotineiramente
eu, nem máquina, nem lodo, nem nada...
que as luzes do metrô me ofusquem a vista...

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