segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Vampiro

minha alma grita
se agita
se remoe
se constroe em cima de corpos alheios
se disfaz
é fugaz
no tempo infimo de uma mordida
teus dentes de cão selvagem
em meu pescoço frio de neve
me dilaceram a pele
num gozo, dor animal
me corto em teu punhal
pra a ti nutrir de sangue
te faço pura em pecados
e lacero meu peito e viceras
afim de a ti fundir-se
e tornarme parte pura e nua
de uma alma negra e triste

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