Silêncio
Guardo as palavras
Intactas
Sopram de minha mente
Latente
Sussurram entre grades e árvores
estáticas, movimento
Penetram pelas brechas
janelas semi-abertas
ouvidos inconscientes
Escutam o sussurro mudo do silêncio
do vento
Por entre a rigidez absoluta
do concreto, da ação do tempo
dança em valsa a melodia
que rodopia, gira, sopra
Por entre janelas silenciosas
por entre prédios e monumentos
que cantam no mesmo tom de silêncio
e guardam as palavras
eternamente intactas
trocadas pela perfeita expressão
contida em tantos ruídos de silêncio.
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