quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Fantasma

Que faço eu dessa recorrente?
essa que não sinto e sei que tá
quiçá...
além do rio
dos barulhos noturnos
torna na subida da maré...
eu, além
um dia morador do rio, um dia corrente
de azul agora verde
não de folha, musgo, lagarta
doença, dengue
e de esperança fez-se poça que não anda...
mãos... objetos de poutergeist...
e do corpo...
coagula e corre lento
formam pedras nos rins
que não sinto e sei que ta
chumbo... entra pela pele e cega
faz-se necessário ao peso do tom
empresta tristeza de ser chumbo
muda as coisas, tira seus sons
não... ...
coisas que não sinto... não-coisas, cor...
hoje é tudo escombro de navio antigo...

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