sábado, 3 de janeiro de 2009

Memória no 1 (ou “Da falta do que fazer”)

Fui de ser criança
fui de ser pagão
a mim mesmo a cantar como deus
cri-me deus, eis-me deus
eis-me deus como galho balançando
eis a fúria inseticida sobre Gomorra
e tornando eterno os botões-de-rosa faraós
ressurrecto o corpo do sétimo dia de cama
em infinita misericórdia da pouca memória
desconhecendo o ser do frio
o ser do não ser
o ser em si...
descobri-me deus e por último ato desfiz-me
(pura vaidade do poder)
quem dera tivesse me feito ovo

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