velhas... como os postes... as sementes do mal... os comedores de folhas......... como as crianças da lavadeira abandonada os porcos voam...
domingo, 19 de julho de 2009
Recorte
não esqueça, monsieur, desse frio doce que percorre esse agora... e da desolação azul dos hologramas que emanam um vermelho intenso escorrendo em água... respirar dói monsieur, não se abstenha disso, mesmo que saiba que o vai fazer...
e sobretudo, lembre-se... não porque ela varre as complicações da tua vida ou porque te faz sentir que existe algo que seja felicidade ou amor... lembre-se, monsieur, porque isso faz de ti um mesmo holograma azul emanando vermelho que escorre delicado e molhado... e que há de ser viver se não isso, ou algo disso? e que há de se fazer se não viver? lembre-se, monsieur... mesmo que não se lembre de ti próprio quando o sol se posta em pé... há de ser tu falando a ti mesmo no teu lembrar... e viver ela acima das outras coisas, coisas que tu não vive... viver será... e será doce...
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Bordô
[quarto escuro... porcelana bordô e chá de canela... há cheiro vermelho-canela por toda a parte... uma, cabelos vermelhos, vestido florido e lápis preto... na frente porcelana e mesinha de centro... atrás escuro, a sombra da mesinha faz as pernas e a cadeira onde se senta misturarem com o escuro atrás... a outra a quem fala veste branco e bege... cabelos pretos e curtos... a ti, não vai ver ela... e estará olhando a que fala como se olhasse a teus olhos...]
é como se lançar ao limbo, só músculos e ossos...
enfiado num balão escuro
então faz força pra alcançar a superfície...
e o limbo emana o vago... e frio que é o vago...
envolto em peles... raposas vivas...
macias e cintilantes
e a superfície aquece... é longínqua a superfície...
aqui só músculos e ossos...
máscaras e lápis de cor...
enrubesce o rosto... e então o prazeroso e o alegre...
a pele um ser distinto...
e eu... não sou eu que te toco e falo todos os dias, sim minha pele... macia, pintada os olhos e a boca... e dela se me olha adentro pode ver que só um corpo nú... nú de pele inclusive... cru e frio... não há compaixão em fibras de sangue, cherí, não há empatia... é tudo um nascer sem fim...
é como se lançar ao limbo, só músculos e ossos...
enfiado num balão escuro
então faz força pra alcançar a superfície...
e o limbo emana o vago... e frio que é o vago...
envolto em peles... raposas vivas...
macias e cintilantes
e a superfície aquece... é longínqua a superfície...
aqui só músculos e ossos...
máscaras e lápis de cor...
enrubesce o rosto... e então o prazeroso e o alegre...
a pele um ser distinto...
e eu... não sou eu que te toco e falo todos os dias, sim minha pele... macia, pintada os olhos e a boca... e dela se me olha adentro pode ver que só um corpo nú... nú de pele inclusive... cru e frio... não há compaixão em fibras de sangue, cherí, não há empatia... é tudo um nascer sem fim...
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