segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A triste indiferença do esquecimento (Parte III)

No escuro da noite escuto os estalos
Dos sonhos manchados, esfacelados em mil partes
Há vontade de se contrapor ao eu imperante
Escuto os estalos de pés que se movem
No silêncio da noite cuidadosamente
E acima dos pés: planaltos, planícies...
contextualizados de forma imaginativa
Querendo anciosamente um significado
para estar acordado tão tarde da noite
A procura de sombras, contornos, marcas
Os móveis estalam, a casa estala
Estão crescendo no âmbito sombrio
No escuro não podem enxergar com precisão
Não se pode juntar partes, consertar sonhos,
limpar as manchas.
Volto para a cama na espera de novo sonho
Esqueço-me do anterior

Um comentário:

Jeronimo Lemos disse...

os meus sonhos são pretos.
nada mais...