domingo, 28 de junho de 2009

Hermes

e das coisas todas, todas nada
e do nada, preenche meus olhos um domingo
seco, o nada, o domingo, os olhos
fico a passear por nihís diversos
e da diversidade as imagens e prismas
e signos e alegorias e malabares
e de todas as faces, todas nada...
o vento rápido e frio e seu cheiro me invadem sem pedir licença
e sem fechar a porta rodopia em minha pele e me fala que vai chover
e a chuva dançando nas luzes dos postes
e a chuva doce...
das coisas todas, todas nada
e no nada, liberto do tempo e tudo
a chuva trás o inverno e faz florescer
eu, fico a passear por nihís diversos
e interno a ele e além e ausente dele
molhado, doce a segurar a primavera

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