sexta-feira, 25 de junho de 2010

estrada do engenho

a idéia permeou-me a mente
com todos os ruídos, com toda a música
com todas as pedras que balançam por sob as rodas
tu, que era nada, poesia
tu, era nada, era bela, qual em caracóis e rastros doces...
te arrastava, te jogava, te erguia, fluida, inconsciente
tu era imagem, tu que não existe...
teu nome, pouco me cabe... mas me cabe o dia
não tu, imagem, não tu, cheiro doce a gozo que subverte o meu domínio
mas idéia, tu que é todo abstrato, que não existe, tu idéia...
que me subverte da fala
que minha boca não é por si a fala, que é sentir, lamber, comer... não a ti... tu que não existe, que existisse não seria nada... tu é imagem, película, poesia... e vejo...
por todas as ruas das pedras que balançam...
o raciocínio faz do ser um monstro

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