Reparando em meia dúzia de ícones pop, me parece que há uma ambigüidade curiosa no discurso da TV e afins. Produtos de entretenimento “vazio” parecem, espantosamente, ser mais críticos que a maioria das produções com fundo moral, “educativas” e etc. (isso se tratando de pop jovem e/ou infantil)... talvez por colocarem os espectadores dentro do seu ridículo. É o sarcasmo barato, mas lacerante, que uma vinheta da MTV tem (voluntariamente ou não) ao mostrar a alienação causada pelo seu próprio logo, só que de uma forma quase que dadaísta, transformando a mensagem em pura imagem desprovida de significado... ou quando um episódio do Bob Esponja mostra a perfeita idiotice submarina num cubo cheio de furos sem lembrar ao corpo letárgico na frente da TV que a esponja na verdade se refere a ele mesmo (ironia explorada por Chaplin por sinal).
A conclusão é que temos um mundo idiota... se até o pop (que é reflexo da população) consegue estabelecer diálogos críticos (e se valhe da idiotice geral pra vende-los) sem ser percebido, então precisamos avisar aos nossos caros semelhantes quando estamos escarrando em suas faces e ainda alertá-los que isso é uma ofensa (como já fazem os programas matinais pseudo-jornalístcos familiares).
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